Brasil

Atos contra o governo Bolsonaro pedem auxílio de R$ 600 e vacina

Pela terceira vez em dois meses, milhares de manifestantes saíram de casa para protestar contra o governo Jair Bolsonaro. O movimento deste sábado (3) ganhou força na medida em que a CPI da Covid no Senado avança com as investigações em contratos de vacina anticovid e após partidos de oposição e entidades civis protococarem o “superpedido” de impeachment do presidente. O movimento, antecipado de 24 de julho para hoje (3), tem apoio de partidos de oposição ao governo, como PT, PDT, PCdoB, PSOL e PCB. Centrais sindicais também estão presentes, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores). 

Os protestos ocorrem no dia seguinte à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, autorizar inquérito para apurar suposto crime de prevaricação de Bolsonaro no caso das negociações para a compra da vacina indiana Covaxin. O ato no Rio de Janeiro foi encerrado em frente à igreja da Candelária, região central. Os organizadores estimaram 70 mil pessoas no auge do protesto, o mesmo público da manifestação de 19 de junho. A Polícia Militar não faz estimativas de público em manifestações. 

Na quarta-feira, um grupo de parlamentares oposicionistas e de entidades apresentou à Câmara dos Deputados o que chamam de “superpedido de impeachment” contra o presidente Jair Bolsonaro. A denúncia é assinada por 46 pessoas, entre elas dois ex-aliados de Bolsonaro: os deputados federais Joice Hasselmann (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP). O documento conta também com a assinatura de presidentes de partidos, associações de juristas e defensores, grupos da sociedade civil, união de estudantes, coalização negra, entre outros. Na capital paranaense Curitiba, hoje, os manifestantes também lembraram do fato ao pedir a saída de Bolsonaro, além de protestar por mais vacinas.

Conforme os organizadores, formados por movimentos sociais, entidades estudantis, partidos, sindicatos e até torcidas organizadas de futebol, pelo menos 180 cidades se juntaram ao movimento. A intenção é pressionar ainda mais o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a aceitar o processo de impeachment contra Bolsonaro. Em São Paulo (SP), a Avenida Paulista foi interditada nos dois sentidos. Manifestantes exibem faixas e cartazes contra a reforma administrativa, lembram das mais de 520 mil mortes pela covid-19 no país, da suspeita de propina no contrato de compra de vacina pelo Ministério da Saúde e pedem a saída do presidente.

Em Belo Horizonte (MG), a manifestação começou na Praça da Liberdade, na região Centro-Sul. Um boneco inflável de 13 metros, com uma caricatura do presidente Jair Bolsonaro foi levado para o local. Os manifestantes também levaram cartazes e faixas com palavras de ordem contra o governo federal e questionaram ações tomadas pela gestão Bolsonaro no combate à pandemia

Em Recife (PE), o protesto aconteceu na região central da cidade e foi organizado por estudantes e sindicatos. Entre os pedidos dos manifestantes, mais testes contra a covid-19 e imunizantes. 

Na cidade de Teresina (PI), a caminhada no centro da cidade também teve como tônica mais vacinas e a o impeachment de Bolsonaro. O ato teve início na Praça Rio Brando, de onde os manifestantes saíram por ruas e avenidas até a concentração final na Praça da Liberdade, ao lado da Igreja São Benedito.

Na capital gaúcha Porto Alegre, as pautas reivindicadas pelo protesto foram vacina para todos, moradia, alimentação, trabalho, renda e auxílio para as famílias necessitadas, além do repúdio ao governo federal pelas mortes causadas em decorrência da covid-19

Já em Fortaleza, os manifestantes se reuniram na Praça Portugal, no bairro da Aldeota. O movimento foi organizado pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, e Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas.

Em Florianópolis, manifestantes caminharam pela Avenida Paulo Fontes, no centro da capital catarinense. Eles pediram o afastamento do presidente, relembraram as mais de 500 mil vidas perdidas para a covid-19 e cobraram por vacinação. A concentração do ato se deu na praça Tancredo Neves. 

R7

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