VERGONHA - Alçado a Batalhão de Polícia Militar em 2008, ainda no governo Cássio Cunha Lima (PSDB), 13 anos depois e 4 governadores diferentes, o 14º Batalhão de Polícia Militar de Sousa chega nos dias de hoje com estrutura e efetivo de Companhia de Polícia, de lá até o atual governo João Azevedo (Cidadania).
Com uma área de atuação em 13 cidades, o órgão, que atende a uma população de cerca de 188.910 habitantes segundo dados do IBGE.
Quando dividimos o número de policiais lotados no Batalhão que hoje é de 228 pela população a ser atendida, a coisa fica muito pior.
As Nações Unidas recomenda 1 policial para cada 450 pessoas, e o 14º BPM dispõem de apenas um policial para cada 828 cidadãos, um déficit de quase o dobro do recomendado.
Guarnições saem para o patrulhamento nas ruas com apenas 2 policiais, tendo um deles que assumir ainda missão de dirigir, o que dificulta as operações, já que em abordagens por exemplo, o policial que está dirigindo tem antes que estacionar o veículo.
Você deve achar que o perrengue pelo qual passa o 14º BPM de Sousa deve ter acabado não é? Ledo engano.
Como se desgraça pouca fosse bobagem, a cota de combustível diária disponível para cada viatura efetuar os atendimentos dos chamados, o patrulhamento rotineiro e o serviço de inteligência, é de míseros 120 Reais por dia. Isso mesmo. São 120 Reais de combustível para patrulhar áreas grandes, como a de Sousa que tem 728,492 km².
Policiais em serviço não podem adoecer, pois um policial doente causa um desfalque a ponto de desorganizar totalmente o patrulhamento, que dificulta a formação das guarnições com apenas 2 homens.
A falta de homens em serviço faz com que cidades que tenham cobertura hoje de guarnições, amanhã fiquem sem, já que não existe como atender todas elas. Um exemplo é as cidades de Lastro e Vieirópolis, que dividem o destacamento. Se hoje Lastro tem patrulhamento, Vieirópolis fica sem.
Operação Abafa Críticas:
O Governo do Estado afim de diminuir as reclamações da população das cidades sertanejas com o alto índice de assaltos a mão armada que ocorrem a luz do dia, tentou realizar no final de abril uma operação de apenas 2 dias em Sousa.
Para a ação ser realizada, policiais, viaturas, cavalaria e homens lotados em Patos tiveram que ser deslocados para a cidade, pois não ah efetivo suficiente no 14º Batalhão para ser feitas operações assim, e em menos de 48h00 as coisas voltaram ao normal, os policiais retornaram para Patos, a criminalidade voltou a tomar conta das ruas e os índices alarmantes de criminalidade voltaram para as alturas.
Enquanto isso, os políticos de Sousa permanecem em um silêncio ensurdecedor, e não cobram das autoridades competentes ação para mudar essa triste história.
Da Redação Sertão Informado