Após mais de dois anos de muita dedicação, paciência e perseverança, o servidor aposentado do Ministério da Saúde, Jurandir de Oliveira Gonçalves de 63 anos, concluiu a réplica da igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira da cidade de Sousa, no Sertão da Paraíba.
Toda de madeira reciclada, a igreja tem um 1,40 de altura, 1,10 de largura e 1,92 de cumprimento. O material do palete (estrado de madeira usado no transporte de cargas) fora reaproveitado após ser descartados por algumas empresas. E assim, tudo se transformou na própria casa de Jurandir em uma belíssima obra de arte.
Indagado sobre qual motivo o levou a construir a réplica da Matriz, haja vista não ter o costume de trabalhar madeira, Jurandir menciona Deus, fala sobre a aposentadoria e adiciona aos motivos a beleza da igreja e o fato da edificação estar sempre a sua vista desde criança.
“Acho que a inspiração vem de Deus. Até um dia desses, eu era funcionário público não tinha tempo, como disse nunca toquei num pedaço de madeira. E ai, quando me aposentei, a primeira coisa que veio à mente foi fazer a igreja para ocupar o tempo. Além disso, foi a Matriz porque o prédio é muito bonito, eu sou católico, frequento o terço dos homens, fui batizado lá, me casei lá também, e ainda hoje moro próximo, enfim”, disse.
Ao ser visualizada, a unanimidade carrega nos elogios, dado a perfeição do trabalho. Uma performance que vai além da parte externa, pois possui mínimos detalhes no interior da igreja, a citar como exemplo os assentos, os pilares e o altar com as imagens dos santos. O que também chama atenção é o relógio e os sinos nas torres, além da estrutura interior do primeiro andar com uma sala de aula.
Além dos marceneiros Helder e Paulo que tiravam dúvidas quando necessário, contribuíram com a concretização do sonho de Jurandir, a Ótica Nova Real (relógios), a Gráfica Inove (paletes), Isis (paletes), posto de combustíveis Hipetro (máquinas furadeira) e a arquiteta Gesiane, esposa do juiz Edivan Rodrigues (doação das imagens sacras).
Conforme Jurandir Gonçalves relatou, ele está em contato com o Centro Histórico Cultural Professora Dodora para expor sua obra de arte ao conhecimento público, faltando, tão somente, uma data.
Veja mais fotos:Da RedaçãoBlog do Jucélio Almeida, com ajustes de Sertão Informado